A Traíra é um peixe que parece que a evolução do mundo esqueceu-se dela tendo uma aparência praticamente Pré-Histórica e por ter seu corpo arredondado e esguio e sua cauda em forma de um pé de pato podendo nadar em altas velocidades e ataques fulminantes a iscas, fora os inúmeros dentes e dentilhos que possui em sua boca.
CARACTERISTICAS:
As Traíras são divertidas e bastante briguentas e podem ser capturadas com várias técnicas. São exclusivas da América do Sul e pertencem à família Erithrynidae, da qual também fazem parte Jejus e Trairões. Antigamente, eram tidas como espécie única, com ampla distribuição dentro da área de ocorrência. Com o aprofundamento de estudos, os cientistas chegaram à conclusão de que são várias espécies ou um grupo, denominado malabaricus . Os peixes desse grupo podem alcançar tamanho máximo em torno de 5 kg e 80 cm de comprimento. O corpo é roliço, com as extremidades mais afiladas. Têm a cabeça levemente comprimida, principalmente na região das maxilas. Apresentam dentição pronunciada, constituída por dentes aciculares (em formato de agulha) levemente achatados, de diferentes tamanhos. Sua coloração, normalmente marrom dourada.
"ESTÓRIA DE PESCADOR"
Vaidosa, obesa e assustada com os números balança, e ao fazer os cálculos, dona traira (peixe) constatou que seu peso atual ultrapassava a 15%, o peso ótimo. E como precisava emagrecer e readquirir a forma física, dona Traíra contratou uma nutricionista, e programou um regime alimentar por tempo indeterminado. Ia fazer das tripas coração fechar a boca, e tentar quem sabe derrubar aquela “barriguinha”.
A princípio não comeria carne. Decisão esta que agradou, e muito, aos alevinos e dos gerinos que com ela dividiam o espaço físico da lagoa. Lodo, detritos orgânicos, aranhas, mosquitos e pirilampos, seria o seu cardápio semanal.
O tempo passou. E agora dona Traíra podia ver pelo espelho das águas, que estava diferente, Linda...Linda...Linda... a saber: “Do jeitinho que o diabo gosta”.
Certo dia, dona Traíra cruzou com a minhoca sua presa preferida. Num linguajar bem simplório e rimado começaram a conversar. Foi quando a Traíra perguntou: “Excelência quem foi que te trouxe aqui?” “A minhoca respondeu: Majestade, quem me trouxe até aqui deve estar manjando por aí.”.
Dona Traíra apontou para o relógio e acrescentou: “Veja bem, sua gostosona, você tem dois segundinhos para fugir; se não o fizer, vou te degustar aqui.” “A minhoca acrescentou: ocorre que se você me comer aqui, aquele que está sentado ali te arranca fora daqui.” “E daí?” Aloprada, dona traíra que não acreditava em ninguém, avançou sobre a minhoca (que não passava de um engodo). E de pronto o pescador a fisgou. Contabilizando desta feita, a maior e a mais bela Traíra que acabava de vir a tiracolo.
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